Embora em vários países o uso do corante amarelo à base de tartrazina
mais conhecido nos meios técnicos do Brasil como (INS102), está sob análises de
seu uso como prevenção de reações alérgicas. Algumas entidades de defesa do
consumidor e da qualidade de produtos alimentícios já manifestaram seus pedidos
à ANVISA em prol de advertir sobre o seu uso para quem é sensível ao
aditivo. Mas também leiam sobre os temas
em discussão no Brasil e no mundo:
Nos EUA e Europa desde a década de 70,
pesquisas e estudo mostram casos de alergias ao corante amarelo à base de tartrazina
(INS102), reações alérgicas como; asma, bronquites, rinites, náuseas, bronco
espasmos, urticárias, eczemas e dor de
cabeça. Por mais que foram baixas a incidências de intolerância a tartrazina
nos EUA, mas 3,8% da população tem alergias levando em consideração os estudos
sobre o uso do aditivo (INS102) tartrazina.
O FDA, um órgão nos EUA exige que o corante
amarelo tartrazina seja informado nos rótulos de produtos que o contém, desde 1980
(para medicamentos) e 1981 (para alimentos).
Em 1º de abril de 2001, o FDA publicou no code
of federal regulations title 21, volume 4 – sec.201.20, “que seja obrigado a declarar o uso do
FD&C Yellow nº5 (o corante amarelo tartrazina) nos medicamentos.” Em abril
de 2002 o regulamento foi revisto com o texto: Este produto contém FD&C
Yellow nº5 (tartrazina) que pode causar reações do tipo alergias incluindo asma
bronquial em certas pessoas susceptíveis. Embora a incidência de sensibilidade
ao corante FD&C Yellow nº5 na
população em geral seja baixo, isto é observados em pacientes que também
possuem hipersensibilidade à aspirina.”
O national institute of allergy and infectious
diseases diz que mais 50 milhões de norte americanos sofrem de alergias resultando em gastos anual
de 18 bilhões de dólares ao sistema de saúde. Segundo alguns especialistas,
estima-se que 8% das crianças a partir dos 6 anos e, 1 a 2% dos adultos tem alergias.
Outros órgãos técnicos e pesquisas junto com
programas nos EUA sobre o assunto publicou uma resolução determinando o uso da advertência
em medicamentos sobre o corante à base de tartrazina: “ este produto contém
corante amarelo tartrazina que pode causar reações alérgicas, entre os quais;
asma brônquica, especialmente em pessoas alérgica ao Ácido Salicílico.”
No Brasil a ANVISA propôs a inclusão desta advertência
sobre o corante tartrazina.
De acordo todos os alimentos com corante
tartrazina devem apresentar no rotulo de maneira clara, visível e declarada a
frase: “este produto contém o corante amarelo tartrazina que pode causar
reações alérgicas às pessoas sensíveis.”
A ANVISA em 2002 promoveu uma discussão com
representantes do meio científico, empresários do setor de alimentos, medicamentos
e órgãos de defesa do consumidor. E foi concluído
o seguinte:
“os estudos sobre reações alérgica
do corante tartrazina poderia se tratar apenas de intolerância alimentar, e não
ao corante tartrazina. E ficou que não é possível afirmar que as reações alérgicas deve-se à tartrazina.”
De acordo com a resolução RDL nº340 de
13/12/2002, as empresas fabricantes de alimentos que contenha em sua composição
o corante (INS102) tartrazina devem obrigatoriamente declarar no rotulo na lista de ingredientes,
o nome do corante tartrazina por extenso.
Observação do uso seguro
Segundo o JECFA, grupo de especialista que
avalia a segurança de uso de aditivos para o Codex Alimentarius pra análises de
riscos. “ O JECFA determinou a IDA (ingestão diária aceitável) numérica de 7,5
mg/Kg de peso corpóreo para tartrazina. Isso é, por exemplo, que uma criança de
30 quilos e um adulto de 60 quilos podem ingerir apenas 225mg e 450mg de
tartrazina por dia, sem risco à saúde na época da avaliação.”
Enfim, com tantos estudos e pesquisas feitas
mundo afora com órgãos do governo e ficando confirmado as reações alérgicas do
uso do corante à base de tartrazina, no Brasil isto parece brincadeira a ANVISA
não ser tão dura e o governo olhar com mais atenção ao problema.